quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sherlock Holmes










Dica 10

Filme.: Sherlock Holmes
Diretor.: Guy Ritchie
Elenco.: Robert Downey Jr, Jude Law, Rachel MacAdams

Resumo do Roteiro.:
O famoso e lendário personagem de Conan Doyle se vê em meio a uma trama macabra que envolve “magia”, assassinatos e planos de dominação da humanidade.

Comentário .:
Guy Ritchie ainda é um cineasta subestimado, um erro grave que deve ser corrigido com este filme onde ele prova ser capaz de uma proeza, modernizar uma figura antológica e até mesmo banalizada ao longo dos anos e fazer dela algo novo, inventivo e interessante utilizando um cinema moderno, uma edição caprichada e interpretações de alto nível.
E o mais interessante de tudo, conservando todas as características inerentes ao original, senão vejamos, estão lá o raciocínio lógico e a dedução aguçada de Holmes, seus vícios, cinismo, sarcasmo, o boxe e por que não dizer a sua arrogância e certeza de superioridade frente às ditas pessoas “normais” que ele tanto despreza, na verdade o que Ritchie e os roteiristas tão bem fizeram foi trazer à luz a personalidade de Sherlock com todas as suas nuances o que nem sempre é agradável.
Então Holmes ainda é atual? Bem nas mãos de um cineasta não tão talentoso seria fácil datar e entediar o espectador, porém Ritchie consegue tornar o mesmo interessante apenas focando nas características mais ,infelizmente, modernas de Holmes o que faz com que todos se identifiquem com ele e com sua neurose crônica, talvez Doyle tenha criado alguém bem à frente de seu tempo ,mesmo sem saber, o que não necessariamente é uma conclusão feliz.
Porém com sua edição errática, agilidade e realismo nas cenas de ação, inventividade nas sequências e interpretações sublimes por parte da dupla principal, o filme consegue prender e entreter,tudo em um ritmo intenso.
Com relação às interpretações, Law consegue tirar Watson das sombras, dá dignidade e personalidade ao papel e faz justiça à esse companheiro inseparável do maior detetive de todos e Downey Jr vem , mais uma vez provar o que já se sabe desde Chaplin, trata-se do maior ator de sua geração e retoma sua carreira ,infelizmente interrompida pela heroína, de forma definitiva e se já era um deleite vê-lo em Trovão Tropical e Homem de Ferro,agora então é imprescindível e impossível não se divertir com suas expressões, olhares e maneirismos.
O ponto baixo talvez seja o roteiro, o argumento não é nada original e a conclusão do mistério,ponto alto nos livros, aqui se mostra apenas um detalhe, excluindo o espectador, algo que Doyle não faria já que despertava em seus leitores o desejo de resolver os enigmas apresentados. O vilão de Strong é interessante,não só pelas citações que vão desde Nosferatu à Hitler, como também pela encarnação do mal em pessoa, um bom começo para Holmes antes de enfrentar aquele que seria seu eterno rival, citado no filme, o professor Moriarty o que desde já desperta interesse pela sequência.

Finalmentes.:
É um filme interessante que diverte e faz arte, homenageia um mito de maneira inteligente , modernizando o mesmo , se você gosta de ser envolvido em tramas e mistério, imaginar suspeitos e culpados, deveria ir e se você apenas gosta de bom cinema, também deveria.