Filme.: Te Amarei pra Sempre
Diretor.: Robert Schwentke
Elenco.: Eric Bana, Rachel McAdams, Arliss Howard
Resumo do Roteiro.:
Henry Detamble , descobre ,ainda criança, ser portador de uma anomalia genética que o faz “saltar” no tempo de maneira involuntária, tornando-se uma pessoa isolada e conformada com a sua situação, até conhecer Clare, que viria a ser o amor de sua vida , dando início a uma história surpreendentemente romântica e imprevisível.
Comentário .:
Antes de falar do filme, gostaria de ressaltar as instalações dos cinemas do shopping Via Sul que tive oportunidade de conhecer no sábado (31/10), da poltrona (incrivelmente confortável) ao som impecável), arrisco-me a dizer tratar-se, hoje, do melhor complexo de salas de exibição da cidade.
Dito isto, vamos à película. Bom se os tradutores tivessem dado uma literalidade ao título original.: “A esposa do Viajante do Tempo”, seriam mais poéticos e confeririam à trama, maior curiosidade do que o infame: “Te amarei pra sempre”, título de música do Zezé de Camargo e Luciano.... (nada contra), mas não faz jus à produção, baseada no romance de mesmo nome de Audrey Niffenegger. Nos últimos tempos, Hollywood tem se esmerado na confecção de “fábulas modernas”, como por exemplo, no caso do ótimo “Benjamim Button” ou das animações da Pixar (vide Up – Altas Aventuras) e é com esses olhos que devemos abordar esse filme. O personagem principal viaja involuntariamente no tempo e o que poderia parecer divertido para uns, torna-se um fardo pesado demais para Henry ( Bana, sensível), até encontrar Clare, (McAdams ,razoável), que resolve se doar ao viajante e superar os obstáculos de uma vida atribulada e cheia de incertezas. O termo “fábula” se aplica aqui , pois devemos observar o romance e os conflitos aparentemente inconciliáveis do casal como os tidos e havidos do nosso próprio cotidiano, assim como, por circunstâncias do roteiro, ouvimos em dado momento, a sábia constatação de que “na verdade, é possível casar com a mesma pessoa várias vezes...” Em muitos casos, “saber” o nosso próprio futuro pode ser de nenhuma valia e se importar com pequenas coisas é uma grande perda de tempo. A história é interessante e cumpre o seu papel e não cabe tentar enxergar no roteiro razoabilidade ou racionalidade para a condição de Henry e seus desdobramentos, o que vale aqui é contemplar a bênção de poder encontrar em nós mesmos e nos que amamos motivos para encarar os desafios colocados à nossa frente, preservando o que realmente importa na vida, que é o amor e a felicidade de encontrá-lo. Outro acerto é trazer luz à dinâmica do viver,mostrar que nós evoluímos e somos muitos em um só, nas mais variadas versões de nós mesmos, quando crianças, jovens ou velhos e que o curso do tempo deixa marcas e transforma a tudo e a todos.
Finalmentes.:
Um bom filme para o final de ano, época de balanços e reflexões, é sincero, não apela para o sentimentalismo e nem lança mão da pieguice para falar da finitude de nossa condição humana e de como somos “passageiros” de nosso próprio destino. É mais pra chorar e muito pouco ou quase nada pra rir.
Diretor.: Robert Schwentke
Elenco.: Eric Bana, Rachel McAdams, Arliss Howard
Resumo do Roteiro.:
Henry Detamble , descobre ,ainda criança, ser portador de uma anomalia genética que o faz “saltar” no tempo de maneira involuntária, tornando-se uma pessoa isolada e conformada com a sua situação, até conhecer Clare, que viria a ser o amor de sua vida , dando início a uma história surpreendentemente romântica e imprevisível.
Comentário .:
Antes de falar do filme, gostaria de ressaltar as instalações dos cinemas do shopping Via Sul que tive oportunidade de conhecer no sábado (31/10), da poltrona (incrivelmente confortável) ao som impecável), arrisco-me a dizer tratar-se, hoje, do melhor complexo de salas de exibição da cidade.
Dito isto, vamos à película. Bom se os tradutores tivessem dado uma literalidade ao título original.: “A esposa do Viajante do Tempo”, seriam mais poéticos e confeririam à trama, maior curiosidade do que o infame: “Te amarei pra sempre”, título de música do Zezé de Camargo e Luciano.... (nada contra), mas não faz jus à produção, baseada no romance de mesmo nome de Audrey Niffenegger. Nos últimos tempos, Hollywood tem se esmerado na confecção de “fábulas modernas”, como por exemplo, no caso do ótimo “Benjamim Button” ou das animações da Pixar (vide Up – Altas Aventuras) e é com esses olhos que devemos abordar esse filme. O personagem principal viaja involuntariamente no tempo e o que poderia parecer divertido para uns, torna-se um fardo pesado demais para Henry ( Bana, sensível), até encontrar Clare, (McAdams ,razoável), que resolve se doar ao viajante e superar os obstáculos de uma vida atribulada e cheia de incertezas. O termo “fábula” se aplica aqui , pois devemos observar o romance e os conflitos aparentemente inconciliáveis do casal como os tidos e havidos do nosso próprio cotidiano, assim como, por circunstâncias do roteiro, ouvimos em dado momento, a sábia constatação de que “na verdade, é possível casar com a mesma pessoa várias vezes...” Em muitos casos, “saber” o nosso próprio futuro pode ser de nenhuma valia e se importar com pequenas coisas é uma grande perda de tempo. A história é interessante e cumpre o seu papel e não cabe tentar enxergar no roteiro razoabilidade ou racionalidade para a condição de Henry e seus desdobramentos, o que vale aqui é contemplar a bênção de poder encontrar em nós mesmos e nos que amamos motivos para encarar os desafios colocados à nossa frente, preservando o que realmente importa na vida, que é o amor e a felicidade de encontrá-lo. Outro acerto é trazer luz à dinâmica do viver,mostrar que nós evoluímos e somos muitos em um só, nas mais variadas versões de nós mesmos, quando crianças, jovens ou velhos e que o curso do tempo deixa marcas e transforma a tudo e a todos.
Finalmentes.:
Um bom filme para o final de ano, época de balanços e reflexões, é sincero, não apela para o sentimentalismo e nem lança mão da pieguice para falar da finitude de nossa condição humana e de como somos “passageiros” de nosso próprio destino. É mais pra chorar e muito pouco ou quase nada pra rir.