Filme.: Distrito 9
Diretor.: Neil Blomkamp
Elenco.: Sharlto Copley, Vanessa Haywood, David James, Louis Minnaar, Jason Cope, Mandla Gaduka.
Resumo do Roteiro.:
Na década de 80, na África do Sul, uma nave alienígena surge nos céus de Johanesburgo e lá permanece “emperrada” , por 3 meses, até a mesma ser invadida.No seu interior se encontram milhares de aliens doentes e subnutridos. Após serem transferidos para uma região da cidade, os “camarões” como são conhecidos os ET´s se multiplicam e transformam-se em moradores da maior favela da cidade, logo batizada de Distrito 9. O burocrata Mikus van de Merwe (Copley) é escolhido para fazer o “ despejo” dos ocupantes da área para um campo de concentração e é aí que tudo começa a dar errado.
Comentário .:
Se você pensou em Star Trek, Star Wars ou Alien, esqueça. Esse filme é diferente de tudo o que já tenha sido feito (o que não é necessariamente um elogio).O início é bem difícil e o diretor opta por contar o advento da aparição e conseqüente relação dos et´s com os humanos de uma forma bem incomum , através de mídias,documentários, depoimentos de sociólogos, cientistas, pessoas comuns e o faz de forma bem realista, utilizando-se bem do recurso criado pelo gênio Orson Welles em Cidadão Kane e se sai bem nisso.
Se você for paciente e conseguir transpor esse início que é bem indigesto, cheio de cenas escatológicas e angustiantes, terá uma agradável surpresa, Distrito 9 começa a tomar feição de filme “normal” com uma dinâmica mais palatável .Através dos acontecimentos que envolvem o protagonista, o patético Mikus, a narrativa consegue envolver e até despertar um certo interesse pelo desenrolar daquele imbróglio. Você deve estar se perguntando.: “Afinal, o filme é bom ou não?” A resposta é.: “Depende.” Como assim? Bom , o cinema é prolífico em diretores que gostam de perturbar, causar ânsias, incomodar, chocar (como Van Sant, Kubrick ou Parker) e há pessoas que gostam dessa proposta(se você é uma delas...), além disso o filme vai fundo e expõe toda a miséria humana, seus preconceitos, tirania, ambição ,falta de princípios e ética.Não ,por acaso, tudo se desenrola na África do Sul, país marcado pela intolerância e racismo, onde os excluídos ,diga-se de passagem ,por ambos os lados (negros e brancos), são seres extraterrestres e, por essa condição, extremamente
“inconvenientes” , pois são rudes, não sabem falar bem o idioma e vivem na marginalidade.Talvez pelo tratamento “cru” que é dado ao filme, cause uma terrível sensação de realidade em tudo o que se vê ali e nada é agradável. Além disso a produção é detalhista, o ritmo é frenético, câmera nervosa e muito “cinema-verdade”...Vale o destaque ao ator que interpreta Mikus (Copley), um inocente útil que não sabe muito da vida e talvez por isso é exposto de forma cruel à uma situação que certamente não mereceria.A seqüência final é de uma tristeza singular e não dá muita esperança a quem assiste.
Finalmentes.:
Imagine um “ Cidade de Deus” de aliens repugnantes em um ambiente fétido e decadente e tudo isso pra mostrar que o ser humano não vale nada.Um filme perturbador e nada agradável , não faz concessões. Vá, mas vá sabendo do que se trata e depois saia para debater a natureza humana em algum boteco que sirva pelo menos uma cerveja gelada.
Diretor.: Neil Blomkamp
Elenco.: Sharlto Copley, Vanessa Haywood, David James, Louis Minnaar, Jason Cope, Mandla Gaduka.
Resumo do Roteiro.:
Na década de 80, na África do Sul, uma nave alienígena surge nos céus de Johanesburgo e lá permanece “emperrada” , por 3 meses, até a mesma ser invadida.No seu interior se encontram milhares de aliens doentes e subnutridos. Após serem transferidos para uma região da cidade, os “camarões” como são conhecidos os ET´s se multiplicam e transformam-se em moradores da maior favela da cidade, logo batizada de Distrito 9. O burocrata Mikus van de Merwe (Copley) é escolhido para fazer o “ despejo” dos ocupantes da área para um campo de concentração e é aí que tudo começa a dar errado.
Comentário .:
Se você pensou em Star Trek, Star Wars ou Alien, esqueça. Esse filme é diferente de tudo o que já tenha sido feito (o que não é necessariamente um elogio).O início é bem difícil e o diretor opta por contar o advento da aparição e conseqüente relação dos et´s com os humanos de uma forma bem incomum , através de mídias,documentários, depoimentos de sociólogos, cientistas, pessoas comuns e o faz de forma bem realista, utilizando-se bem do recurso criado pelo gênio Orson Welles em Cidadão Kane e se sai bem nisso.
Se você for paciente e conseguir transpor esse início que é bem indigesto, cheio de cenas escatológicas e angustiantes, terá uma agradável surpresa, Distrito 9 começa a tomar feição de filme “normal” com uma dinâmica mais palatável .Através dos acontecimentos que envolvem o protagonista, o patético Mikus, a narrativa consegue envolver e até despertar um certo interesse pelo desenrolar daquele imbróglio. Você deve estar se perguntando.: “Afinal, o filme é bom ou não?” A resposta é.: “Depende.” Como assim? Bom , o cinema é prolífico em diretores que gostam de perturbar, causar ânsias, incomodar, chocar (como Van Sant, Kubrick ou Parker) e há pessoas que gostam dessa proposta(se você é uma delas...), além disso o filme vai fundo e expõe toda a miséria humana, seus preconceitos, tirania, ambição ,falta de princípios e ética.Não ,por acaso, tudo se desenrola na África do Sul, país marcado pela intolerância e racismo, onde os excluídos ,diga-se de passagem ,por ambos os lados (negros e brancos), são seres extraterrestres e, por essa condição, extremamente
“inconvenientes” , pois são rudes, não sabem falar bem o idioma e vivem na marginalidade.Talvez pelo tratamento “cru” que é dado ao filme, cause uma terrível sensação de realidade em tudo o que se vê ali e nada é agradável. Além disso a produção é detalhista, o ritmo é frenético, câmera nervosa e muito “cinema-verdade”...Vale o destaque ao ator que interpreta Mikus (Copley), um inocente útil que não sabe muito da vida e talvez por isso é exposto de forma cruel à uma situação que certamente não mereceria.A seqüência final é de uma tristeza singular e não dá muita esperança a quem assiste.
Finalmentes.:
Imagine um “ Cidade de Deus” de aliens repugnantes em um ambiente fétido e decadente e tudo isso pra mostrar que o ser humano não vale nada.Um filme perturbador e nada agradável , não faz concessões. Vá, mas vá sabendo do que se trata e depois saia para debater a natureza humana em algum boteco que sirva pelo menos uma cerveja gelada.