segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dica 02


Filme.: Up - Altas Aventuras
Diretor.: Pete Docter e Bob Peterson
Elenco.: Chico Anysio
Resumo do Roteiro.:
Após ficar viúvo, o velhinho Carl resolve realizar o sonho de sua esposa Ellie, ao levar sua casa (utilizando balões, pasmem, não vou fazer piada com aquele padre não) para uma selva na América do Sul, envolvendo-se em uma série de aventuras e contando com a ajuda (por vezes, indesejada) do pequeno escoteiro Russel, da ave Kevin e do cãozinho Doug.
Comentário .:
Atualmente o nome Pixar (estúdio realizador de Up) confunde-se com a própria definição de animação e assim, sendo, a expectativa sobre seus filmes (agora já incorporados aos estúdios Disney) é sempre a melhor possível.
E no caso de “Up”, não é diferente. O início é comovente e fica impossível não se sensibilizar com a vida do casal Carl e Ellie ,desde o seu início, mostrando suas alegrias, tristezas, seus sonhos adiados e percalços, tudo tão humano e verdadeiro e tão familiar a nós todos. Foi a primeira vez que vi pessoas chorando no início de um filme, algo bem incomum, pois o que acontece sempre é que a emoção brote no final, quando já se está totalmente envolvido com o enredo e os personagens, o que só mostra a habilidade e competência dos roteiristas ,diretor e atores (vozes).
As dublagens da versão brasileira são inspiradas com o destaque para o Carl de Chico Anysio que deixou de lado todo o seu histrionismo e fez um trabalho de ator, fazendo rir e chorar em um “timing” único, sem erros.Isso só mostra como este cearense de Maranguape é especial e talentoso, se lembrarmos, por exemplo de performances medíocres de outros “medalhões” , que se aventuraram em dublagens de animação como Tom Cavalcante em Dr Doolilte ou Bussunda (que Deus o tenha em bom lugar) em Shrek. O Carl de Chico é incrivelmente singelo e tocante, realmente inspirado, talvez pelo fato de se identificar com o personagem que também vive o seu ocaso,mas como ele não se entrega perante às adversidades e sabe do seu valor. Bom, deixando de lado a parte mais adulta , há seqüências impagáveis durante toda a animação ,com especial destaque para os bizarros “cães falantes” e o pequeno Russel, sempre solícito e incansável, pecando sempre pela ação e nunca pela omissão. É redundante falar aqui do apuro técnico e do êxtase visual de inúmeras cenas, principalmente as “aéreas” .
Após assistir o filme, fiquei imaginando o porquê do sucesso das animações da Pixar e ficou claro pra mim que o segredo de tudo está em contar uma história para toda a família.Muitos naufragam nesse intuito, pois geralmente ou tentam tornar o enredo realista demais e erram a mão (na tentativa de incluir os pais) ou não resistem ao velho truque da “mensagem” edificante o que por vezes, soa falso, isso sem falar no sentimentalismo ,recurso manjadíssimo desse tipo de filme.Pois é aí que está o diferencial da Pixar, eles conseguem fazer tudo isso envolvendo a todos, de forma honesta e incrivelmente sincera, sem ,em momento nenhum descuidar do lúdico e da magia, o que interessa particularmente ao público alvo, os pequenos.
Finalmentes.:
Imperdível,diverte, faz pensar, emociona...Puro cinema.Vá,mas não sozinho(a), chame o namorado(a), marido/esposa e,se tiver, as crianças, todos deveriam ir.